Devaneio
Siga, leve-me, em seu peito, um desconhecido ao seu horizonte
te olho de noite, de longe
eu paro, sobre ti escrevo descrevo o que penso e vejo
digo o que sei de ti em mim, desejo
Imagens me invadem a memoria, o coração
Enquanto só estou simulo gestos
ao teu olhar discreto
Eu nunca paro, sigo indiscreto
Ontém à noite te olhei, te vi
Um filme escrevi
tenho o roteiro,
posso mostrar-lhe o que somos, no filme
Atravessei o escuro, estive em apuros
é apenas um lado, o outro do muro
não me faz medo eu posso voltar
Denovo te olhar
Eu sei, não sei, o que fazer
O filme passa efêmero
invento o futuro, antecipo o fim, ignoro a ponte
imagino o caminho voltando no escuro
Eu sei, não sei! o que fazer?
O filme passa efêmero
eu invento o futuro, antecipo o fim ignoro a ponte
imagino o caminho voltando no escuro