QUEM IRIA DIZER
Eduardo e Mônica se conheceram numa festa
onde havia muita gente esquisita.
Como dizia Renato Russo:
Eles eram que nem feijão com arroz...
Mas a vida dos dois teve outro desfecho.
Apesar de se formar em medicina,
Mônica conheceu um sujeito terrivelmente ciumento.
O Eduardo deixou o seu cabelo crescer
e decidiu tornar-se um homem sem destino.
Mônica se viu num imenso transtorno
vivendo com o homem que nela batia.
O Eduardo todo dia ia para a praça Sete de Setembro
e junto de outros jovens puxava um longo tranco.
Era assim que ele definia o seu vício.
Mônica deu queixa na delegacia de policia.
Pediu proteção na lei Maria da Penha.
O resultado esperado não foi o que ela queria.
Precisou abandonar de vez a outra faculdade.
Decidiu ir para longe e mudar de cidade.
O Eduardo depressa se viciou.
Foi preso com muito entorpecente.
Passou por vários anos na cadeia.
Depois de muito tempo haver transcorrido,
Mônica viu o seu ex em plena rua.
Ele chegou até ela e disparou três tiros à queima roupa.
Mônica foi ao chão sem vida.
Eduardo recebeu carta de indulto.
Novamente nas ruas voltou-se a drogar.
Em pouco tempo Eduardo se suicidou.
Quem iria dizer que tudo isso ia acontecer?
Escrevi o desfecho trágico da letra
da música Eduardo e Mônica de Renato Russo
a pedido da professora da Eja Simone Jales no Centro do
Idoso Dom Cabral.
Jacques Calabia Lisbôa.
Belo Horizonte05/11/2014