NO DIA QUE O SOL NASCER

No dia que o sol nascer

e não ser de ninguém

Ir à praia de shorts e chinelo de dedo

Guarujá, Copacabana, não será de ninguém.

E a alegria vai invadir praças e avenidas

E a polícia não disparar contra a multidão

A vida terá mais sentido, sem ricaço, pobre e oprimido

Sair pela rua de shorts e chinelo de dedo

De peito descoberto sem ser revistado

Será dia de alegria e satisfação

de morar na viela, na favela e não ir pra prisão.

No dia que o sol nascer e não ser de ninguém

A vida terá valor pelo que é e não um vintém.