sob a luz do silêncio tramscrevi meus infortúnios

sob a luz do silêncio tramscrevi meus infortúnios

hiponotizado por canções milenares

atraversei os deserto da velha pérsia rumo ao sol,

buscava mais silêncio,

buscava na minha sombra verdades que me acompanhassem por eternidades,

que fizessem-me desprender de minha solidão e que me reconectasse à sua essencia, e não à sua representação.

Mesmo movido pelo vício da criação de edifícios conceituais que justificassem

cada suspiro, cada gesto vital, eu seguia em minha empreitada.

Isto fizera-me concluir que o retorno à solidão poética fazia-se indispensável,

um retorno ao festivo em mim, à estrela danaçarina ofuscada pela verdade.

Então, onde essa narrativa despretencisa chegará é impossível prever,

porém, ela antecederá a fronteira entre duas línguas,

entre às duas solidões,

talvez ao ponto onde seja a sincronia entre as mutações das narrativas