JOSÉ, DOROTÉIA, JOANA ...
Ela vem da sarjeta
Ninguém mais a respeita
Sua vida maldita, de amor tarja preta
Ela tá que é um caco
Cabelos no sovaco
Caiu do salto, beijando asfalto
Ela quer ser mulher
Mas nasceu José, de Arimatéia
De guerra, Dorotéia
Camila, Maria, Joana, Suzana
Cada dia uma mulher
Cada noite numa cama
Mas ela não encuca
Pode ser qualquer nome
Ela não quer ser homem
Tá nem aí essa maluca
Ela põe sua melhor calcinha
Com uma saia de menininha
Para o vento bater
E mostrar sua bunda siliconada
E a calcinha cavada
Com pernas torneadas, safada
Trabalhada na maquiagem
Tá no ponto até tarde
Xilocaína, senão arde, invade
É uma picardia, vadia
Vê estrela até de dia
No céu da boca é a melhor
Requebra tanto e não quebra
No pega pega não tem prega
Mas nunca leva a pior