JOSÉ, DOROTÉIA, JOANA ...

Ela vem da sarjeta

Ninguém mais a respeita

Sua vida maldita, de amor tarja preta

Ela tá que é um caco

Cabelos no sovaco

Caiu do salto, beijando asfalto

Ela quer ser mulher

Mas nasceu José, de Arimatéia

De guerra, Dorotéia

Camila, Maria, Joana, Suzana

Cada dia uma mulher

Cada noite numa cama

Mas ela não encuca

Pode ser qualquer nome

Ela não quer ser homem

Tá nem aí essa maluca

Ela põe sua melhor calcinha

Com uma saia de menininha

Para o vento bater

E mostrar sua bunda siliconada

E a calcinha cavada

Com pernas torneadas, safada

Trabalhada na maquiagem

Tá no ponto até tarde

Xilocaína, senão arde, invade

É uma picardia, vadia

Vê estrela até de dia

No céu da boca é a melhor

Requebra tanto e não quebra

No pega pega não tem prega

Mas nunca leva a pior

EVANDRO SROCHA
Enviado por EVANDRO SROCHA em 23/09/2014
Reeditado em 26/09/2014
Código do texto: T4973778
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