Diga
Se alguém se lembrar e perguntar por mim
Diga, sem hesitação
Que me viu à-toa
Sentada sozinha em um boteco
Curtindo um bolero de um violeiro qualquer
Diga também, que até confundiu
o lamento choroso daquela viola
com o não disfarçado do meu triste choro
Até transparecia querer um bocado ou talvez sequer um tiquinho de ti
Não minta, diga que viu o morrer antecipado de quem tanto te quis
Diga, talvez que não mais me viu