SAMBAR, AMOR SAMBAR
Eu chorei,
Quando as cordas do meu cavaco arrebentaram
Quando a pele do meu surdo de primeira rompeu
Quando perdi a disputa do meu samba na quadra
Quando na hora do desfile da minha escola choveu
Oh, minha bela mulata das pernas grossas de mola
Que quando o samba explode se entrega e rebola
Com toda a sua sensualidade que me hipnotiza
Com a malemolência faceira que a beleza eterniza
Vem pra minha escola mostrar seu valor
Vem com tua magia me encher de amor
Vem esquentar meu corpo com teu calor
Bate tambor,
E a cuíca chorando anuncia a paixão
Com o batuque feliz do repique de mão
Sambando miudinho com os pés no chão
Eu sorri,
Quando as cordas do cavaco voltaram a vibrar
Quando o som do meu surdo explodiu no ar
E meu samba levou a galera a cantar
Mas sorri,
E no meio do desfile a Lua apareceu
Trazendo alegria para todos os meus
E minha mulata enfim a mim se rendeu