SAMBAR, AMOR SAMBAR

Eu chorei,

Quando as cordas do meu cavaco arrebentaram

Quando a pele do meu surdo de primeira rompeu

Quando perdi a disputa do meu samba na quadra

Quando na hora do desfile da minha escola choveu

Oh, minha bela mulata das pernas grossas de mola

Que quando o samba explode se entrega e rebola

Com toda a sua sensualidade que me hipnotiza

Com a malemolência faceira que a beleza eterniza

Vem pra minha escola mostrar seu valor

Vem com tua magia me encher de amor

Vem esquentar meu corpo com teu calor

Bate tambor,

E a cuíca chorando anuncia a paixão

Com o batuque feliz do repique de mão

Sambando miudinho com os pés no chão

Eu sorri,

Quando as cordas do cavaco voltaram a vibrar

Quando o som do meu surdo explodiu no ar

E meu samba levou a galera a cantar

Mas sorri,

E no meio do desfile a Lua apareceu

Trazendo alegria para todos os meus

E minha mulata enfim a mim se rendeu

EVANDRO SROCHA
Enviado por EVANDRO SROCHA em 31/08/2014
Reeditado em 19/09/2014
Código do texto: T4944199
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