LABIRINTO

Canção de janeiro de 2013, minha e sobre mim,é uma leitura de dentro para fora, a minha visão de mundo em momento agudo, uma reflexão com todas as notas, com a magia e o mistério que existem num grande labirinto , para o que somos e aonde estamos.

Esta música chamada "labirinto" , e que também a chamo de "Era eu", em razão de repetir a afirmação "era eu" na entrada, como se estivesse me visto de outro plano, e me identificado no andar confuso dentro de um grande labirinto, que é a nossa vida.

" Era eu, era eu / Era eu...

No teatro dos aflitos, era eu ( sim) era eu...

Quem se importa pelos outros

Labirinto dos revoltos

Nos retalhos encardidos

Os retratos dos perdidos

Era eu, era eu/ Era eu (sim) era eu...

Quem esconde seus encantos

E quem canta pelos cantos

Quem soluça pelas noites

Companheiros do luar/ Companheiros do luar...

Era eu, era eu...

Quem lamenta pelas dores

Quem prevê os seus temores

De um rebanho solitário

Dos que querem caminhar

Dos que querem caminhar...

Quem se importa pelos outros

Labirinto dos revoltos

Dos retratos escondidos

Dos recortes dos banidos ( 3x)

Era eu, era eu, era eu... "

Uma letra complexa de muito significado, falando da vida , do egoísmo, da força interior e também da fragilidade, mas acima de tudo do fato de sermos uma grande legião de solitários, pois cada um é único desde o nascimento até a despedida, e temos que percorrer os corredores do labirinto sozinhos, mesmo que físicamente acompanhados.

Pessoas muito sensíveis conseguem sentir a inquietação e o horto por onde terão que passar, e dá um calafrio na espinha, e se pudessem retornar e refazer, o fariam, mas nem sempre é possível, pois muita coisa já está escrita. Temos um arbítrio parcial, mas não total .

Uso associações fortes, como " retrato dos banidos", "labirinto dos revoltos" e " teatro dos aflitos", para expressar a incompreensão humana, e a grande massa que pulsa ,e que se confunde, sem se fundir um único momento. A escuridão dos atalhos por onde andamos, repletas de gente, sem vermos ninguém , e o silêncio das bocas que se abrem de palavras que nada significam.

Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 27/08/2014
Reeditado em 21/03/2018
Código do texto: T4938667
Classificação de conteúdo: seguro