Pra rimar com o social

Olha o que a gente viu

Olha o que a gente vê

O que era não vai ser mais

Ou será que vai ser?

Rio pra se banhar

Foto pra se rever

Cores de giz numa flor de papel

Um remoto prazer de ler

Mesa pra se juntar

Nada pra se falar

Tanto pra se escrever

Na tela de um celular

Pobre de mim que sou

Um mero sonhador

No caos do que é real

Ainda a predileção

Por não engolir a inversão de valores que querem me impor

Nego a insegurança que afronta o melhor que há em mim

Sou palpável, sou crença vagando numa contramão

Como um lápis que escreve canções ainda num papel de pão

Eu quero mais esquecer-me das horas sem medo de errar

E guardar na memória sem ser obrigado a postar

A alegria de estar com os amigos no nascer do sol

E curtir, e sorrir, esquecer e acordar numa rede normal