Ampulhetas de verão

Mais um dia passando atrasado,
Já que eu não morro eu mato,
Esse tempo sem te ver...

Muito barato, 
O meu tempo é tão escasso,
Que eu fico assim calado sem saber o que fazer...

O meu relógio anda sempre adiantado,
Que é pra ver se eu escapo,
Da revolta de viver...

Pior é ver essa judiação,
Que essa desnutrição,
Não é falta de comida,
É falta de comer,

Um ser dramático,
Dos seres viciados,
Que vivi do passado,
Tentando esconder,

Um sujeito,
Com jeito enrolado,
Que leva tudo no papo,
E que só sabe prometer,

As vezes acho,
Que meu significado,
Veio meio adulterado,
Carimbado pra sofrer,

Mas quem se importa...
Com quem não está em volta,
Então desliga essa vitrola,
E vai ligar sua Tv,

Deu pra perceber...
Que eu não to nada bem e você,
Pode rir sem se preocupar,
Rir pra todo mundo escutar...

E pros meus,
Deixo o adeus do meu pessoal,
E daquele desastre total,
Que não fazia mal,

Vai ver,
Nunca foi sincero e talvez,
Devo procurar outro alguém,

Alguém que me dê mais calor,
Que não me peça pra ser o que não sou,
Que não me faça escolher...

Vai entender...
Vai entender...