A medida do amor
Acordo e te vejo ainda dormindo
Inocente
E eu vou indo
Te esqueço se nada lembra a ti
Nos caminhos
Que seguir
Retomo os contatos lá da rua
Essa amiga impessoal
Tão crua
Por vezes me bate uma saudade
Descabida
Comovida
Como é que pude não aproveitar
Estar contigo
Conversar
Mas nem por isso me apresso nos retornos
Não sei a onde foi à emoção
Poupança guardada em mais um dia tão ladrão
Prometo me revigorar
Sorvendo da aproximação
À noite quando enfim chegar
Perto do teu coração
Preciso me recompensar
Da falta de te ter à mão
Da falta que você me faz
De não ter por perto tua atenção
Acho nos momentos de racionalização
Sinto noutros que não tenho como definir a emoção
Vivo acompanhando ao vivo minha evolução
Sem ter bem clara alguma conclusão
É possível que o barato do amor maduro
Seja desfrutar da visão no alto do muro
Se pular não saberá a onde está
Se ficar não saberá o que seria ao pular.
O envolvimento nesse grau já é revelador
Que o entrelaçamento se concretizou
Que não há escalas para se medir
Nada que possa sentir