ESCURO TÚNEL
Como posso olhar pra frente
E enxergar meu futuro?
Nada aqui é condizente
Dentro desse túnel escuro.
Eu não sei o que esperar
Do outro lado desse muro
Ao tecer a melodia
O som vem taciturno.
Se o tom dá na tristeza
Me acorda a dissonância
Como posso ver beleza
Sem acordar a esperança?
Assim, cego em tiroteio
Meu meio ainda é adverso
Reverso contra o tempo
Nas dunas do acaso.
E as contas desse terço
São subdivisões
Perdidas num rosário
De indefinições.
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