A(PREÇO) DE BRONZE

Undêrum Baiandera

Uderarum Baianderá

Como se fosse perfeito

Posar num coreto

Ou servir à inércia

Num canto da praça.

Como se fosse um palhaço

No limo, na lama

Num circo sem lona

À deriva e sem graça.

Como se fosse ironia

Gozar da poesia

E após tanta agonia

Espreitar a luxúria.

No bronze a lembrança

Da vida tão dura

Sufocando a esperança

E a fé na cultura...

Marçal Filho, Saulo Campos e Marcos Gacê
Enviado por Marçal Filho em 28/06/2014
Reeditado em 12/02/2023
Código do texto: T4861780
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