A Lua dos Poetas

A LUA DOS POETAS

(Modificado conforme à melodia)

O céu se ilumina lentamente

de rara e argêntea claridade

e tudo se torna, de repente,

um mar de louçã suavidade.

Há paz e ternura em toda parte...

A luz, que se esparge lirial,

reveste de amor, beleza e arte

o cosmo, uma concha de cristal.

(Refrão)

A brisa vem leve, sutilmente...

Em bandos, mimosas e branquinhas,

as nuvens vagueiam mansamente

qual lindo rebanho de ovelhinhas.

É lindo de ver e contemplar,

com o porte e donaire das rainhas,

a lua garbosa desfilar

em meio a um cortejo de estrelinhas.

II

A musa já trouxe inspirações,

outrora, paixão da mocidade

a rir e zombar dos corações

repletos de amor e ansiedade.

Mas, hoje, que tudo é diferente,

a lua perdeu a virgindade

e todo o mistério, decadente,

passou-se a chamar realidade.

Refrão (A brisa vem leve...)

III

Somente o que sente a solidão

e guarda no peito uma saudade,

em versos decanta, com emoção,

as mil seduções dessa deidade.

(Refrão - para terminar)

**

Maria de Jesus A. Carvalho

Fortaleza, 15/06/2014

Maria de Jesus
Enviado por Maria de Jesus em 15/06/2014
Reeditado em 28/10/2014
Código do texto: T4846073
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