Espiral.

Vejo-me de cima, olho-me muito do alto,

E caio em espirais até ao fundo do asfalto,

Vim, vindo por entre nuvens negras,

Maioritariamente escuras e espessas,

Cheguei molhado, com a alma a messas,

Húmida do suor de pensamentos amargos,

Vagos... no ponto de te sentir,

Mentir... ser, este o pior dos cargos!

Num poema, o dilema do cinema...

nem o tempo, vende a morte a pronto,

Nem o tudo, troca o molde de absorto...

pudesse a Morte ter ponto morto,

pudessem as horas dar a Morte em ponto...

no ponteiro do tonto, um conto... em cena...

eu sou o maquinista da seta dos segundos!

dirijo o comboio para outros Mundos...

cai no vagão de onde sou!

e sigo na espiral para onde vou...

Carlos de Carvalho ^ Pink
Enviado por Carlos de Carvalho ^ Pink em 03/06/2014
Reeditado em 03/04/2015
Código do texto: T4831172
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