Espiral.
Vejo-me de cima, olho-me muito do alto,
E caio em espirais até ao fundo do asfalto,
Vim, vindo por entre nuvens negras,
Maioritariamente escuras e espessas,
Cheguei molhado, com a alma a messas,
Húmida do suor de pensamentos amargos,
Vagos... no ponto de te sentir,
Mentir... ser, este o pior dos cargos!
Num poema, o dilema do cinema...
nem o tempo, vende a morte a pronto,
Nem o tudo, troca o molde de absorto...
pudesse a Morte ter ponto morto,
pudessem as horas dar a Morte em ponto...
no ponteiro do tonto, um conto... em cena...
eu sou o maquinista da seta dos segundos!
dirijo o comboio para outros Mundos...
cai no vagão de onde sou!
e sigo na espiral para onde vou...