FESTIVAIS ETERNOS: " A MASSA "
Canção que obteve a terceira colocação, no MPB Shell 80, realizado pela Tv Globo, em 1980, na voz de Raimundo Sodré.
A dor da gente é dor de menino acanhado,
menino-bezerro pisado,
no curral do mundo a penar.
Que salta aos olhos
igual a um gemido calado,
a sombra do mal-assombrado
é a dor de nem poder chorar.
Moinho de homens que nem girimuns amassados,
mansos meninos domados,
massa de medos iguais.
Amassando a massa,
a mão que amassa a comida,
esculpe, modela e castiga
a massa dos homens normais.
Quando eu lembro da massa da mandioca mãe, da massa.
( When I remember of "massa" of manioc ).
Nunca mais me fizeram aquela presença, mãe.
Da massa que planta a mandioca, mãe.
A massa que eu falo é a que passa fome, mãe.
A massa que planta a mandioca, mãe.
( Quand je rappele de la masse du manioc, mére ).
Quando eu lembro da massa da mandioca.
Lelé, meu amor lelé, no cabo da minha enxada
não conheço " coroné ".
Eu quero mas não quero, (camarão).
Minha mulher na função, (camarão).
Que está livre de um abraço
mas não está de um beliscão.
Torna a repetir meu amor: ai, ai, ai !
É que o guarda civil não quer a roupa no quarador.
Meu Deus onde vai parar, parar essa massa.
Meu Deus onde vai rolar, rolar essa massa.
VIDEO: http://www.youtube.com/watch?v=jLJxpegJTQo