Falta Culminante

A magia em volta do meu mundo sumiu e ficou só o manequim

Olho puxado ri até da magia dos anéis de Saturno

Eu vou tirar uma música da minha caneta made in Pequim

Quando souber que apareci na sua manga nos momentos inoportunos

Aqueceu a mente. Cresceu a saudade

Culminou a falta. Adormeceu a dignidade

A melodia de minhas últimas palavras ainda não viraram pó

Você vai cantarolar de novo e ficar triste de dar dó

Então você proferiu desejos agora marcados em mim

Preferiu não saber de quase tudo

A ter tudo que acharia que teria

Não teria

Ou teria

Ria!

Ah...

Quase nunca dá gastura

Quando vivo igual a um museu

De vez em sempre tenho paúra

Do sussurro da voz de um passado meu

A inconsciência e inconsequência da juventude

Podem formar um homem de boa aparência

Em uma carcaça vazia, cheia de sua falsa plenitude

E se você não entendeu, paciência

Oca é a cabeça sem caroço

Pense: a velha já foi uma moça

Mais macho que muito moço