SE VOCÊ QUISER, NÃO TEM FIM!
Negão quer sambar samba que loira vai desfilar.
Gringo ruivo se enrola.
Amarelo amarela e só filma a mulata; uma bela donzela, que rebola até o dia raiar.
Não troco meu bloco, não adianta. Eu só posso pular sozinho, a dois, a três ou a milhão! Toco tarol, batuque, buzina e palma da mão!
A sobrancelha se assemelha ao levantar da orelha, que escuta, já vermelha, a batida do tambor colorido do menino, que arranca suspiros da menina no quintal.
A cada estampido ardido no pé do ouvido, braços abertos não se cansam, esbarram-se e brincam, todo santo dia de Carnaval!
Rostos espantados pela paixão deixam estampados sorrisos estupendos e estupefatos ao gritarem, onde tem chuva ou tem mar, do Brasil, em qualquer lugar: AGORA VAI COMEÇAR!
Cantos, contos, cantadas e amassos; como não? Sim, antes também se fantasiam bobas mãos!
Olhos agora arregalados, daqui a pouco fechados e sem olhares embaraçados. Não! Quantas bocas se beijam! Outras tantas falam enrolado e gaguejam, de novo, todas um tanto tontas, mas lindas, nesses dias de fogo! Parece que já é quarta-feira de cinzas.
MAS SEMPRE É C.A.R.N.A.N.A.V.A.L!
Atrás vem gente, vou pulando na frente!
Ao lado do baile, tem rodas nuns bares. Vou lá, já, já, mais que contente! Quanta gente por esta bagunça é doente!
No Brasil, Carnaval não tem fim.
Pra mim, Carnaval não tem fim. É sim!
É assim!
Se você quiser, não tem fim.
Se você puder, não tem fim!
Assim, sim!
Houve sambas populares que se ouvem até hoje, por madames, crianças e milhares...
Se a canoa não virou no rio que dá pé... então será que ela é...?
Opa! De novo vai tocar no salão!
Todo mundo ainda olha A Cabeleira do Zezé. Não! Sai pra lá! Não sei ainda se ele olê, olê, olá...!
É festa no meio do povo. Tem lantejoulas brilhantes, passinho feio ou charmoso, selinho sem graça... mas caloroso! Linda mistura de raças!
Neste ano o Rei Momo é horroroso!
No Brasil, Carnaval não tem fim.
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