Hoje Eu Sei

Meus sonhos não determinam onde eu quero chegar

Mas produzem a força para tirá-los do lugar

É tanta coisa, tamanha ignorância não cabe

Talvez por viver demais, a gente acha que sabe

De tudo, contudo, eu sei que é grande engano nosso

Lágrimas vão e vem, e tentar conter não posso

Apesar de que, quando eu vejo por um lado

Lágrimas lembram e mostram meu lado terrível e fraco

Não posso julgar, desnecessário achar besteira

Porque às vezes são as mesmas que limpam nossa sujeira

Tiram toda a poeira presente na minha visão

Pra poder enxergar, como as coisas realmente são

Hoje eu posso entender, porque choramos ao nascer

Entramos num plano cientes de que vamos sofrer

Senhor, me dê força, ainda não tá acabado

Pois preciso mudar o que ainda pode ser mudado

Procuramos tanto por alguém que nos compreenda

Que gere satisfação, que minha rotina entenda

Apesar de duras provas, aceitei o conselho

E percebi que esse alguém é o que eu via no espelho

Em busca da real serenidade necessária

Persista e fuja dessa situação precária

Ordinária em um cotidiano sem graça

Aonde você só vê trapaça e nêgo que ainda abraça

Vida que é de verdade, mas com tanta dor sentida

Minto pra mim mesmo pra aceitar essa ferida

Viver nessa linha, periferia, burguesia

Faz pensar que onde existe humano, existe hipocrisia

Rio do que já chorei, nada é eterno, aceitei

Perdoei e admito que às vezes me calei

Perante as injustiças complementadas de dor

Absorvo para vosso crescimento interior

Rafael Toledo
Enviado por Rafael Toledo em 21/05/2014
Código do texto: T4814122
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