FELIZ AMOR NOVO
Sabe-se aqui o que soube-se lá. Vai saber... Vai viver. VAI PASSAR. Já passou, alguém já citou o que estava por aqui, e talvez aí. Sonhou, depois cantou, encantou, sentiu e se declarou. Etc. à parte, foi e é o mestre desta arte: um tal de Buarque.
Sente-se quanto do pouco que se cativa? Fui perceber...!
Fui esquecer. Fui! Fui passar. Fui saber.
Basta se abrir pra poder se entregar. Você se basta? Mas tá...
Vem cá. Quem já...?
Já que tocamos nesse assunto, que atire a primeira pedra quem morreu de amor!
Ai!
Desculpa. Também nunca vi besteira igual! Acho que da conversa saí do rumo.
Ah, então tá bom. Mudando de prumo, vou te contar o tal resumo: ali começou a chuva, aqui ela era só sua. Desde lá, eu ouço a voz do meu violão. Cá para nós, é um violão num passo bem descompassado, igualzinho àquele seu coração.
Dias de rir! Não. Não são!
E nem era para tanto, por enquanto. Quando o fiz chorar, por muitas vezes, garanto, o dia caia e ninguém mais sabia quem dormia.
Boa noite! Assim ele aguenta esperar... uma, duas, quarenta... Ah, não aumenta!
Acreditar em falsas verdades me deixou cega; as mesmas pararam de gritar para a saudade dele continuar mentindo, assim, ao léu: o 'felizes para sempre' vai erradiar prazeres por alguns instantes e vai se encontrar com aquelas tardes estonteantes, num lugar não muito distante. Os melhores e maiores sorrisos serão apenas semelhantes, ante suas emoções coadjuvantes, de amanhã em diante. Dia, manhã... adiante!
Principal amante, sem chance, tolerante e irritante, aceno, respondendo a seu pálido e duvidoso adiante-se.
Minhas coradas interrogações te subestimam desde o nosso princípio infinito, que afirmara para suas quase incertas fraquezas: a franqueza do forte é o seu bem mais bonito.
Quando menininha, alegava ser mulherão. Cética e meio leiga, alegrava-te, esculpida por imaginações da sua cabeça poluída.
Emoldurada e tolida, enganei-me logo cedo; também tive medo do súbito ledo desapego, que ainda era segredo, vir à lona como mais um simples enredo.
Noites sem passado, noites sem futuro, noites com presentes. Presentes sem limites, e tem beijos ardentes de cinema! Demais e inconsequentes!
Feliz atraente despedida, aparentemente, de quem se distraiu quando respondia à outra que batia: "tem gente".
Tentei escrever e depois compreender o que sangrava deste meu coração.
Eu sempre quis fazer um verso pra você. Hoje quem conta não sou eu... Chore, meu violão! Cante, minha inspiração!
Agora, pode-se iniciar o meio não justificado daquela ideia que, na sua mente sem fim, perdurou.
Hoje, só quero me lembrar de que adoro os momentos que nós nunca tivemos que deixar por aí, e que ficarão com carinho escondidos no corpo que certas vezes você nem tocou.
Um dia, vou odiar me esquecer de você de novo, já que, depois de 365, recomeça um ano novo.
Feliz amor novo, amor!