Homem Taciturno

Era um homem assim, assaz taciturno

Nem mesmo a deus fazia alusão

Sujeito insólito e um tanto obscuro

Viveu intensamente, não viveu em vão

Vendai vossos olhos se quiserdes ver

Tapai os ouvidos caso querei saber

Examinai o silêncio caso para conhecer

Na jornada da vida só basta escolher

Com todo o brilho de uma alma jovem

Repousava ao relento, esta alma nobre

De sua boca nada se ouvia

Conversava com os pássaros através de um assobio

E mesmo estando sempre em regozijo e alento

Por vezes encontrava-se consternado

Por velhas memórias que o perseguiam

Melancolia inata ou quiçá nostalgia

Todavia, sua sina havia sido selada

A vida nos bosques era seu fado

Enquanto sua juventude se esvaia

Mais próximo estava do intento almejado

Era um homem assim, assaz taciturno

Audaz e ousado, porém obscuro

Intentava saber, procurou conhecer

Encontrou lá nos bosques o seu dever

Vendai vossos olhos se quiserdes

Tapai os ouvidos caso querei saber

Examinai o silêncio caso para conhecer

Porque a voz interior aos sentidos foge

UM VIKING DE ÓCULOS PERFIL DOIS
Enviado por UM VIKING DE ÓCULOS PERFIL DOIS em 18/04/2014
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