Manoel Araújo

Hoje eu acordei relembrando

De um velho amigo meu,

E que já brilhava uma estrela,

Nos tempos que ele nasceu,

E todo o Acre ficou triste

No dia em que ele morreu,

E os pássaros silenciaram

Lembrando o que aconteceu,

E por causa daquela perda,

O sol não apareceu.

E, um grande carvalho velho,

Naquele dia tombava,

Com mais de oitenta anos,

Seu coração não guentava,

E ilutou esta cidade,

Onde a tempo ele morava.

Agora em sua partida,

Muita saudade deixava,

Até o céu, chorou as águas

Que o nosso rosto molhava.

Ele sempre foi conhecido

Por ser um homem direito,

E ensinou sua família

Sinceridade e respeito,

E é difícil, em Thaumaturgo,

Outro homem assim desse jeito.

Deixou seu rastro plantado,

Marcado por seu conceito,

E a semente germinando,

Florescendo em nosso peito.

Grande Manel Araújo,

D’ele só resta a saudade,

E hoje eu lembro com tristeza,

A nossa grande amizade,

Sei que esse meu verso é pouco,

Pra te falar a verdade,

Aos teus filhos e esposa,

Se faça a tua vontade,

E a mais rica das heranças,

Que foi a tua bondade.

Gedeão Cavalcante
Enviado por Gedeão Cavalcante em 11/03/2014
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