Manoel Araújo
Hoje eu acordei relembrando
De um velho amigo meu,
E que já brilhava uma estrela,
Nos tempos que ele nasceu,
E todo o Acre ficou triste
No dia em que ele morreu,
E os pássaros silenciaram
Lembrando o que aconteceu,
E por causa daquela perda,
O sol não apareceu.
E, um grande carvalho velho,
Naquele dia tombava,
Com mais de oitenta anos,
Seu coração não guentava,
E ilutou esta cidade,
Onde a tempo ele morava.
Agora em sua partida,
Muita saudade deixava,
Até o céu, chorou as águas
Que o nosso rosto molhava.
Ele sempre foi conhecido
Por ser um homem direito,
E ensinou sua família
Sinceridade e respeito,
E é difícil, em Thaumaturgo,
Outro homem assim desse jeito.
Deixou seu rastro plantado,
Marcado por seu conceito,
E a semente germinando,
Florescendo em nosso peito.
Grande Manel Araújo,
D’ele só resta a saudade,
E hoje eu lembro com tristeza,
A nossa grande amizade,
Sei que esse meu verso é pouco,
Pra te falar a verdade,
Aos teus filhos e esposa,
Se faça a tua vontade,
E a mais rica das heranças,
Que foi a tua bondade.