Tiros de canhão

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As batalhas existem desde antes dos metais.

Entre homens: criaturas ferozes qual animais.

Lanças, espadas, bombas e outros arsenais.

Já mataram... Feriram... Quantos ais!

Mas as marcas do tempo

não parecem infinitas.

Se não, meu deus, como justificar

tantos tiros de canhão.

Carrego comigo a sua lembrança.

E as promessas que o tempo não concretizou.

E dos dias melhores que eu prometi.

Apenas o medo... A morte... A desesperança.

Mas as marcas do tempo

Não parecem infinitas.

Se não, meu deus, como justificar

tantos tiros de canhão.

Fortaleza-CE, 15 de abril de 2005.

13h44min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 03/03/2014
Código do texto: T4713624
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