Tiros de canhão
.:.
As batalhas existem desde antes dos metais.
Entre homens: criaturas ferozes qual animais.
Lanças, espadas, bombas e outros arsenais.
Já mataram... Feriram... Quantos ais!
Mas as marcas do tempo
não parecem infinitas.
Se não, meu deus, como justificar
tantos tiros de canhão.
Carrego comigo a sua lembrança.
E as promessas que o tempo não concretizou.
E dos dias melhores que eu prometi.
Apenas o medo... A morte... A desesperança.
Mas as marcas do tempo
Não parecem infinitas.
Se não, meu deus, como justificar
tantos tiros de canhão.
Fortaleza-CE, 15 de abril de 2005.
13h44min
.:.