PELAS CÂMERAS DE SEGURANÇA

Ela escreveu uma carta de despedida

Que nunca me mandou

Sorriu friamente, estranhamente

Era sua declaração de amor

Ela estava doente eu não notei

Não pude ajudar

Ela se cortou enfrente ao espelho

Escutando Sepultura na sala de estar

Ela brincou com sangue

Com a dor que sentia e não sabia aguentar

Ela escreveu uma data no espelho

Talvez pra me avisar

O motivo real de ir embora

Que antes por razões que desconheço

Não podia me contar

Ela caiu no chão e suspirou bem devagar

Não teve mais forças pra se mexer,

Chorar, falar, respirar

E a vida ali se desfazendo a esmo

Sem ter ninguém pra lhe ajudar

Ela disse adeus

Escutando Sepultura na sala de estar

Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 24/02/2014
Reeditado em 24/02/2014
Código do texto: T4704353
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