PELAS CÂMERAS DE SEGURANÇA
Ela escreveu uma carta de despedida
Que nunca me mandou
Sorriu friamente, estranhamente
Era sua declaração de amor
Ela estava doente eu não notei
Não pude ajudar
Ela se cortou enfrente ao espelho
Escutando Sepultura na sala de estar
Ela brincou com sangue
Com a dor que sentia e não sabia aguentar
Ela escreveu uma data no espelho
Talvez pra me avisar
O motivo real de ir embora
Que antes por razões que desconheço
Não podia me contar
Ela caiu no chão e suspirou bem devagar
Não teve mais forças pra se mexer,
Chorar, falar, respirar
E a vida ali se desfazendo a esmo
Sem ter ninguém pra lhe ajudar
Ela disse adeus
Escutando Sepultura na sala de estar