O olhar para favela
Não é fácil viver na desigualdade
Na violência na criminalidade
Que vida é essa sem união?
São vários irmãos jogados pelo chão
Com bolso rasgado sem um centavo furado
Falta saúde, educação, conscientização
Cadê as amizades que se acabam lá no trafico
A procura da oportunidade de ganhar o pão
As mocinhas da "favela" se perdem na quebrada
Vendendo seu corpo por cinco ou dez trocados
Pra se drogar,
Não consegue enxergar vida fora dela lá
Enquanto isso os mercenários
Os governantes e empresários
Andam de carros importados,
Moram em mansões
Não vem ao caso
Lutam pelos menos favoráveis
Com eles nunca se solidarizaram.
No dia seguinte são muitos jovens mortos
Como mostrar as manchetes de jornais
Tantos assassinatos na nossa comunidade
Sofre terror a cidade o medo anda solto
Com fica os corações sem amparo
Preso atrás da grade de seu portão
"A noite chega o dia raia
Estou eu mais uma vez aqui
Na ponta da calçada
Sem esperança enfrente à porta
Com medo de seguir a caminhada.
Observo o tempo
Penso na vida das pessoas
Nos amigos perdidos
Todos sofredores do destino
Será que eles vão voltar?"