Ô MEU VELHO...
Ô meu velho camarada
Vou contar-lhe um segredo
Já ando de saco cheio
Com esta vida de artista...
A coisa não é brinquedo
Falo sério, eu não minto
Todo dia antes das cinco
Calço a bota e boto o cinto...
Na mão levo meu colete
Sigo o norte da estação
E encaro o trem lotado
Duas horas de aflição...
Chego todo amarrotado
Driblando meu cacoete
Mas se chego atrasado
A turbulência é do cacete...
É uma vida arrepiada
É uma vida de cão
Faço toda essa jornada
E levo dura do patrão...
Do tranco não tenho medo
Trabalho o ano inteiro
Mas já to de saco cheio
Ô meu velho companheiro...
Autor: Valter Pio dos Santos
Fev-2014 – (Letra/Samba)