PASSAGEIRO
Com meus óculos escuros
Vou caminhando por aí
Sou passageiro do futuro
Que não tem pra onde ir...
Minhas luvas corroídas
Meu blusão e meu cordão
São relíquias consumidas
D’uma vida na contramão...
Este meu chapéu de couro
Meu relógio e o violão
Foi tudo o que me restou
Sobre a poeira deste chão...
Escolto a rosa dos ventos
Na minha imaginação
Delineando meus eventos
Sigo o trajeto em construção...
Nunca quis ser o primeiro
Nem os pilares da nação
Viajo pelo mundo inteiro
Vou contra os azes da razão...
Meu legado é a poesia
E o meu forte é meu pendão
Salve o amor, a harmonia
E também salve esta canção!
Autor: Valter Pio dos Santos
Fev-2014 – (Letra/Blues)