RENUNCIAS
Essa carne já viveu muito tempo, mesmo sem querer viver
Se reanimando no teu corpo e ganhando fôlego outra vez pra depois
Se desgastar nas memórias e abstinência de você
Enfrentando a lucidez voraz que vem depois do breve torpor
Esses olhos já viram nos outros o que não deveriam ver
Sem querer se cegar por imprudência reviu depois
A mente ingênua por não querer se corromper
Condenou as mãos a transcrever
O que só o sangue saberá o preço que a vida cobrará depois
Renuncias, e algo mais, me aprisionaram a vida
E entre fugas frustradas e sonos mal dormidos
Tenho tantos compromissos que assumi sem querer
Quem sabe os sentimentos e razões subentendidas
Se justifiquem na partida e possam em fim libertar
Minha metade inocente de mim e eu...