Ricaço Nojento

Nestes meus versos quero agradecer,

Todo esse povo que me ver cantando,

Não sou cantor e nem sou consagrado,

Mas, os meus versos, vou morrer rimando,

Não busco fama, sou inteligente,

Eu não procuro alguém pra me ajudar,

Faço uma rima, já sigo cantando,

Quem me recebe eu sei bem tratar.

Eu tenho raiva de rico nojento,

Que vive só de maltratar o povo,

Não sabe o gosto da felicidade,

Faz a lambança e quer fazer de novo.

Não sabe o gosto da fruta silvestre,

Se lhe oferecem pensa ser veneno,

Não sabe o cheiro das flores da mata,

Não ver a flor molhada de sereno,

Escuta musica norte americana,

Bestiando atoa, não entende nada,

Não bebe a água limpa cristalina,

Que nasce doce pela invernada.

Não reconhece a nossa agricultura,

Lindos pomares de frutas mais fina,

Não prova a uva cultivada em campos,

Só come as frutas vindas da Argentina.

Não seja besta, ricaço nojento,

Olha essa terra que é bonita e pura,

A tua mesa é coberta de orgulho,

Enche a barriga com nossa fartura.

Não dar valor a própria natureza,

Mas, come a planta que nasceu da terra,

Esta lavoura tem cheiro do índio,

Que planta e colhe o pão da própria terra.

Eu também tenho cheiro de mormaço,

Sou um pedaço do chão brasileiro,

Eu nunca deixa ricaço nojento,

Cantar de galo cá no meu terreiro.

Gedeão Cavalcante
Enviado por Gedeão Cavalcante em 01/01/2014
Código do texto: T4633190
Classificação de conteúdo: seguro