AO GLORIOSO EMICIDA (DE COMO SE VENDEU) Parte I
Você sempre dizia ser contra o sistema capitalista,
Tornando-se outro porco da imundice materialista
Vendeu-se para essa mídia massificada e comercial
Agora é outra marionete deste novo regime feudal
Que tenta expor na televisão a cultura da periferia,
Até quando irá nos enganar com sua real hipocrisia?
Quem diria que sua música até em novela apareceu
Assumindo a máscara falsa de que jamais se vendeu?
Engraçado perceber que você tenta ser um homicida,
Querendo soletrar cada parte mais dura de nossa vida
Mas sua rima é apenas a breve farsa bem escondida,
Sou obrigado a rir da sua rima ultrapassada EMICIDA
Refrão: Alguém já conheceu aquele tal EMICIDA?
Que cantou que todo começo é a partida
A ideologia fraca dele enfim já se perdeu
Sabe por quê? Ao dinheiro sujo se vendeu
Querendo engordar sua conta bancária com os reais,
Foi obrigado a vender-se para prostituir seus ideais,
É o símbolo da vergonha para as quebradas da favela
Para cada moleque que ainda caminha por cada viela
Quer ostentar o poder e dominar toda massa musical
Você é massa de manobra e não tem sequer a moral
De dizer que representa toda a parcela da população
Eu ficaria calado se estivesse nessa sua real condição
Guardaria na carteira esse sua inclinação para o MPB
E voltaria para a escola tentando tão em vão aprender
Que o capitalismo é a doença que causa tanta ferida,
Criando contraste entre a classe pobre e enriquecida
Enquanto a criança na favela sempre será a esquecida
Continuo minha luta contra o rap vendido do Emicida!
Refrão: Alguém já conheceu aquele tal EMICIDA?
Diga a ele que todo fim será a despedida,
No rosto suado a gente sempre percebeu,
Que ao sucesso estrondoso ele se vendeu!
A moda é fazer musical sem conteúdo e com outro dueto,
Mas já vou lhe dizendo que você não representa o gueto,
Com seus trejeitos de uma ilusória crença da verdade
Querendo corromper ainda mais essa nossa sociedade
Diz que na “rua é nois” e será até o final sempre assim,
Você engana a todos os seus seguidores menos a mim,
Cercado pelos formadores de opiniões e empresários,
Agora tem que ralar para pagar esses enormes salários
Rimando as mentiras para que cada socialite aplauda
Enquanto nessas linhas eu escrevo minha sincera lauda
De seguir em frente e abrir os olhos deste povo,
Que foi enganado pelo comercialismo de novo!
Refrão: Relato sobre uma rima tão distorcida
Tão deturpada como a lógica do Emicida
Na sinceridade nem o mais humilde creu,
Que ao sucesso estrondoso ele se vendeu!