A Pracinha
Eu, hoje, recordei tempos passados,
De quando eu morei, lá na pracinha,
Da casa eu levantava uma janela,
No rio, se avistava uma prainha.
E, juntos a meus amigos e companheiros,
Brincando, nós jogava dominó,
E era tudo paz e alegria,
E, depois nosso lugar ficou só.
Aquela casinha foi desmanchada,
Os amigos separados, cada um pro seu lugar,
E, no lugar que antes era a casinha,
Construíram uma pracinha,
Três lanchinhos e um bar.
Tentaram acabar com a beleza,
Trazendo um progresso abrasador,
Mas, cada dia, ali ficou mais belo,
Assim, como um recanto de amor,
Paisagem de arvoredo e céu azul,
Nas tardes vou ali, pra recordar,
As águas, refletem milhões de estrelas,
E barcos balanceando a marejar.
E, a beleza que foi destruída,
Pareceu chorar sentida,
Mas, de nada adiantou,
Nem praias, nem as águas corredeiras,
E, do Pátio das mangueiras,
Só recordações ficou.