A Pracinha

Eu, hoje, recordei tempos passados,

De quando eu morei, lá na pracinha,

Da casa eu levantava uma janela,

No rio, se avistava uma prainha.

E, juntos a meus amigos e companheiros,

Brincando, nós jogava dominó,

E era tudo paz e alegria,

E, depois nosso lugar ficou só.

Aquela casinha foi desmanchada,

Os amigos separados, cada um pro seu lugar,

E, no lugar que antes era a casinha,

Construíram uma pracinha,

Três lanchinhos e um bar.

Tentaram acabar com a beleza,

Trazendo um progresso abrasador,

Mas, cada dia, ali ficou mais belo,

Assim, como um recanto de amor,

Paisagem de arvoredo e céu azul,

Nas tardes vou ali, pra recordar,

As águas, refletem milhões de estrelas,

E barcos balanceando a marejar.

E, a beleza que foi destruída,

Pareceu chorar sentida,

Mas, de nada adiantou,

Nem praias, nem as águas corredeiras,

E, do Pátio das mangueiras,

Só recordações ficou.

Gedeão Cavalcante
Enviado por Gedeão Cavalcante em 30/12/2013
Código do texto: T4630042
Classificação de conteúdo: seguro