A fábula de João Belém

João Belém, cara do bem,

Vintém no banco,

Não tem, não tem, não tem.

João Belém, não tem ninguém,

É solavanco,

No trem, no trem, no trem.

Acorda todo dia ás três da manhã,

Não tem tempo de sonhar.

Com a primavera de um novo amanhã,

Mas não cansa de lutar.

João Belém. Vintém cadê?

João ninguém,

É assim que Brasília te vê.

João de bem, cara do trem,

Vela pro santo,

Belém. Belém, Belém.

João do tem, hoje é alguém,

Vintém no banco,

Agora é o que mais tem.

Agora acorda ás sete da manhã,

Não precisa mais sonhar.

É de muita alegria o seu amanhã,

Virou um parlamentar.

João alguém. Belém cadê?

João vintém,

Tá em Brasília e agora a ninguém mais vê.

João alguém, não é mais do bem,

Mudou o “santo”,

Ninguém, ninguém,ninguém.

João vintém, via de "airplane",

E solavanco,

Não tem, não tem, não tem.

Ligou a TV as dez da manhã,

Não deu tempo de pensar.

Os “home” bateu a casa caiu,

Sol quadrado vai raiar.

João alguém. Vintém cadê?

Joãos ninguém. Lá do trem, caras de bem, 2x

Estão loucos pra saber.

Nilo Carvalho
Enviado por Nilo Carvalho em 28/11/2013
Código do texto: T4590404
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