A fábula de João Belém
João Belém, cara do bem,
Vintém no banco,
Não tem, não tem, não tem.
João Belém, não tem ninguém,
É solavanco,
No trem, no trem, no trem.
Acorda todo dia ás três da manhã,
Não tem tempo de sonhar.
Com a primavera de um novo amanhã,
Mas não cansa de lutar.
João Belém. Vintém cadê?
João ninguém,
É assim que Brasília te vê.
João de bem, cara do trem,
Vela pro santo,
Belém. Belém, Belém.
João do tem, hoje é alguém,
Vintém no banco,
Agora é o que mais tem.
Agora acorda ás sete da manhã,
Não precisa mais sonhar.
É de muita alegria o seu amanhã,
Virou um parlamentar.
João alguém. Belém cadê?
João vintém,
Tá em Brasília e agora a ninguém mais vê.
João alguém, não é mais do bem,
Mudou o “santo”,
Ninguém, ninguém,ninguém.
João vintém, via de "airplane",
E solavanco,
Não tem, não tem, não tem.
Ligou a TV as dez da manhã,
Não deu tempo de pensar.
Os “home” bateu a casa caiu,
Sol quadrado vai raiar.
João alguém. Vintém cadê?
Joãos ninguém. Lá do trem, caras de bem, 2x
Estão loucos pra saber.