MOSAICO MUSICAL
MOSAICO MUSICAL
E de repente a memória senil "se ilumina" e surgem nela versos esparsos, descidos do Espaço como nave extraterrestre. A gente fica a se perguntar de que obra eram os tais versos... e não chegamos a lugar nenhum.
Pois aí estão vários "pedaços" de músicas antigas e, por serem todas sambas, posso garantir que são dos primeiros momentos dos anos 70... felizmente, a recordação "psicografada" traz consigo a melodia, menos mal para uma situação bem embaraçosa. Quanto aos títulos, tive que reinventá-los, o nome original se perdeu !
O registro que ora faço dessas músicas -- na verdade trechos de obras incompletas -- não é por vaidade, mas porque foram os primeiros "rabiscos" que criei como letrista e compositor, isso entre 1972 e 75, por aí. Em meados de 1972 conheci SÔNIA, MULATA "mignon" com 1,60 cm ou nem isso -- babá numa ruazinha do Leme, no início da praia de Copacabana -- muito parecida na época com a bela e talentosa atriz Taís Araújo.
Nosso desastrado romance não durou mais do que umas 2 semanas... e creio que ela perdeu o emprego por causa disso! Sobraram esses "pedaços" de canções que nunca tive coragem de mostrar para ninguém e que só agora registro (no YOUTUBE), como parte de minha história enquanto compositor. Por onde andará Sônia?! Só Deus sabe !!!
"NATO" AZEVEDO (revisado/ampliado em 15 de janeiro de 2017)
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VOLTA, AMOR !
I
Meu amor
não me mate de saudade,
desta saudade
que eu sinto de você.
Mas, vem meu bem,
tenha piedade...
volta, por favor !
I I (BIS)
Vem depressa, ó querida,
não demores, meu amor.
Sem você
nada é a minha vida,
sem você
tudo é tristeza e dor !
I I I (BIS)
Morena linda
você tem que me ouvir.
Linda morena
eu quero te possuir.
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(* sem título)
I
Amei, ai, amei...
amei e chorei
pois o amor
que eu amei
foi embora
e eu fiquei.
I I
Linda morena,
doce pequena,
tão meiga e bela,
bela e serena.
Apaixonou-se
por um outro bem
e eu fico aqui
só, sem ninguém.
(sem ninguém)
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VOLTA, MARIA !
I (BIS)
Ai, ai, ai, Maria...
foste embora
faz um dia
e eu penso
que há 1 ano foi !
I I
Esta solidão
é demais sem você.
Vem depressa, ó querida,
acabe com meu sofrer.
Meu bem, não podes
deixar-me agora.
Volta logo, por favor,
vê minh'alma como chora.
I I I
Prometo agora
não maltratá-la.
Amar-te muito,
mais adorá-la.
(* acréscimo atual)
Você bem sabe
que és a minha vida.
É você meu bem-querer,
volta logo, ó querida !
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SONHOS NO AR (*incompleta)
I I
Meu sonho de amor desfeito,
amo agora a solidão.
Quisera arrancar do peito
a saudade e o coração.
Saudade que só lembra dela,
coração que só quer amá-la...
ah, morena, és tão bela
que, ao vê-la, a gente cala!
(...continua?!)
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Por último, vem um pedaço de papel mal rabiscado com o que seria uma canção na fronteira do samba com a ciranda ou algo semelhante.
QUEM ME DERA...
Quem me dera
ter um dia
tudo o que a gente quer...
ter um sonho de mulher
ao meu lado, estendida,
e esse sonho se tornar
uma pequena morena
linda, esguia, serena,
de esmeraldas no olhar.
(...continua?!)
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Pois é, um namoro juvenil que não deu certo gerou quase 1 dúzia de "sambinhas" melancólicos e alguns poemas... é bem possível que tenha gerado algo mais do que poesias e canções.
"NATO" AZEVEDO (em 15 de janeiro de 2015 / ampliado)