CANTOADA
Canto e a cidade se enrosca na cama.
A boca da noite boceja.
O rio se espreguiça cansado e reclama
da lua que tarda a chegar.
A brisa suave do mar vem e beija
o rio, a cidade e a mata.
O imenso clarão de um luar cor de prata
se espalha p‘ra noite enfeitar...
O galo canta no poleiro de um quintal.
Uma coruja pia lá no matagal.
Um vaga-lume vagabundo vem voar
desafiando a claridade do luar. (bis)
O céu é um manto rendado de nuvens
e bordado de estrelas pequenas
que envolve a cidade, que dorme serena,
ao som da canção de ninar
que ecoa na noite, nos bares, nas ruas
à luz dessa lua de prata.
E geme a viola nesta serenata
P’ra minha cidade sonhar...
O galo canta no poleiro de um quintal.
Uma coruja pia lá no matagal.
Um vaga-lume vagabundo vem voar
desafiando a claridade do luar. (bis)