A consciencia de um capitalista
Eu sou uma coroa de espinhos em tua cabeça,
O sangue que escorre em tua gravata de seda.
Eu sou a cena da vida real,
Que você ignora mudando o canal.
Eu sou a poeira que suja teu George Armani,
Mais um que se pendura num arame.
Um trouxa sem direito a reclame,
E que nem aparece no cartão postal.
Eu sou o sarcasmo que há em seu sorriso,
Arma que dispara ceifando seu filho,
O prato de comida que você negou.
Sou o hospital lotado que você não vê,
Criança que morre antes de nascer,
A grana que faltou para o país crescer.
Tenho certeza que tá com você.
Hey você que anda às voltas do poder,
Mesmo que você não queira saber quem eu sou eu vou dizer,
Eu sou sua consciência, muito prazer.
Eu sou aquilo que tira o seu apetite,
Sou quem vai ás ruas dez mil não é vinte.
De novo a cena da vida real,
Não adianta mudar o canal.
Eu sou o inseto que cai e estraga o seu champanhe,
Sou lágrima espelho da dor de uma mãe.
Maria ou Madalena,
Que perdeu o filho para o seu vil sistema.
Eu sou...
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