Afetuoso toque que transcende o tempo
No paraíso terreno onde a aurora da Deusa resplandece
Perdura o clamor de duas almas eternamente conectadas
Oh, pobre sacerdotisa da dor cativa
Sobre o seu silêncio aterrador repousa uma canção fatídica
Enquanto o demônio híbrido acalenta-se sob os lençóis do tempo.
A canção capturada ressurgiu com uma velha existência renascida
Uma existência fadada à solidão, cujo destino fora violentamente refutado
E junto à sacra árvore, a lenda da Flor do Inferno e do Cão Demônio descansa
Um rosto sereno e âmbares íris cerradas às memórias alimentam.
Oh, pobre híbrido ser
Sua cascata prateada por uma última vez se mesclou com a brisa acolhedora
Uma expressão de desenfreada ira, em suas mãos o aroma da donzela imaculada
Sob o peito, um coração ancião pulsa descompensadamente
O confronto a qual tu não conseguiste vencer.
Oh, pobre virgem da alma cristalina
Sua alva pele perdeu o calor dissipado pelo afago de sua amada criatura
A última carícia negada pela maldição a ti imposta
As chamas consumiram a sua existência carnal junto à joia reluzente
Mas um anseio ancestral tornou-a imortal.
Sobre as místicas montanhas dispostas numa nação insular
A face oculta de Amaterasu anuncia o desfecho da canção bucólica
Quatro Almas desintegradas consumarão a união renegada
O céu carmesim molda a despedida postergada
Um afetuoso toque que as eras transcendeu.