NO OSSO
Bota seu chapéu de lebre
E leva a prata no pescoço
Veste um casaco de cetim
Mas o bolso anda no osso...
Não cede a cana ao gargalo
Nem com a gaita na boca
Vai se enxotando pelo ralo
Como uma devassa louca...
Não há dote que o celebre
Concebe a vida num esboço
Nem renuncia a um motim
É uma figura dentro do poço...
Um dependente do embalo
Que dá nota à gaita rouca
Sem raiz, também sem talo
Não gasta luva e nem touca!
Autor: Valter Pio dos Santos
Out-2013 – (Letra/Samba)