LÁ NA MINHA QUEBRADA
Lá lá lá rê... Lá lá rê... (lá...)
Foi vagabundeando, malandro, na quebrada onde eu cresci...
Que eu vi, aos poucos, se formando esse samba que eu gravo aqui...
Amaral, Fernandinho e Baianinho... Lembranças da Ponte e do Guarani...
São João, "Santalucence", "rapadão" do "Capivari"...
Uma malandragem maneira, conversa pra boi dormir...
Catei garrafa lá na feira... De olho no meu porvir...
Cresci na oito e na quatro, mas jogava bola na sete...
Tive casa lá na dezoito, boteco na dezessete...
Não só da minha quebrada... Da rapaziada eu sinto saudade...
Do tempo do "Corintinha", do time do "Jujy", da Comunidade...
E "d'um" time afamado que foi formado pela família do Chiquinho...
Na "Orly" e no "Flamenguinho" eu sempre joguei "c'o" finado "Nilsinho"...
Juro por Deus que vida mais bela... É até difícil imaginar
Sempre fui respeitado na favela... Nunca desejei outro lugar...
Mas malandro, malandro, não teme o bonde...
Vai sempre aonde a vida lhe levar
Pra facilitar meu viajar...
Fui parar em outras bandas da cidade
Mas sempre que posso ao voltar do "samba"...
Vou "prá" lá pra matar minha saudade.