Respeito e resposta
Sai a rua pra entender como é que o homem acontece
Mostrando a cara, o jeito, a vida, o respeito e a responsa
Convivendo e se envolvendo no momento que decide
Que ele é mais que um corpo andando na poeira, no asfalto
Pendurado em coletivos fabricados pra causar dor e desespero
E transmitir o medo, a dor, o desrespeito com a gente
Nos desfazendo a identidade que nos coloca como humanos
Seres pensantes, participantes da mudança, que escolhe
A hora certa de sorrir e de chorar, com a sua alegria, o seu medo e sua revolta
Eu falo, falo
E volta o eco de resposta
Duzentos milhões de almas
Duzentos milhões de vida
Que estão aqui e que merecem
Ter a questão respondida:
Por quanto vocês acham que nos venderão??
Se não está claro o que eu digo, o que eu falo, o que eu repito
Se não te expressa nada um Estado tão inerte, tão omisso
Preste atenção pra entender que o verbo é claro e não esconde
Existe a hora de saber que os decretos não respondem
O que queremos de verdade sendo povo e nação
E que queremos de verdade o respeito sem enrolação
E que queremos de verdade encontrar nossa resposta
Pois não nascemos para escravos de um sistema opressor
Que não oferece opção para seguirmos nossa rota
Eu falo, falo
E volta o eco de resposta
Duzentos milhões de almas
Duzentos milhões de vida
Que estão aqui e que merecem
Ter a questão respondida:
Por quanto vocês acham que nos venderão??