Amor visceral
Finjo de bobo o teu olhar me seduz,
depois de uma briga me jogo no chão,
não me encare, é pirraça, não aceite desculpas,
me pega de jeito, me devora, com o doce desejo!
Me visto e me entrego, e aos poucos me dispo,
meu desejo é você não me deixe escapar,
não me deixe pensar, que a hora é essa,
nos lençóis de cetim em ardente paixão!
Com tom de desejo, não aceito o teu não,
mesmo nas brigas arranhões e grosserias,
você sabe que eu quero, seu amor eu não nego,
no meu jeito dengoso de ser, depois da briga!
Só me resta ceder teus encantos e beijos,
me faz enlouquecer pois sei que eu não presto,
me perdoa paixão, vamos viver,
esse amor tão bandido de farpas e mimos!
E como aos meus caprichos te faço render,
que culpa eu tenho desse amor visceral,
é apenas minha forma de te querer, amor surreal,
mesmo sendo assim, como num jogo sem fim!
Entre as brigas e dengos, o pior é que eu gosto,
sabes muito bem que quem ama é assim,
mesmo sendo bandido e entre os teus braços,
me entrego sempre assim depois das brigas!
Teu olhar tão negro me consome ao prazer,
o que eu posso fazer se nesse amor bandido,
você é quem manda, me domina, vai logo,
em juras me entrego a você!
Eu aceito calado o teu beijo forçado,
molhado e suado, de um amor tão bandido,
real verdadeiro e eu não posso esquivar,
não vai adiantar pois meu vício é você!