Hiatos, se fazem as vítimas

Ó Afeto, ó comum, Ó força,

pois, intuo: soçobras !

dia- adia ao amanhã,

de ti, o olhado longínquo,

está na tênue fronteira imaginária,

Hiatos, se fazem as vítimas

de teu sistema,

afagador, filantropo,

por um quarto de estação,

assim és tu, vida,

és tu.

o raio vital

necessitado da célula agonizante.

E fresta esvai-se no sonho,

o possível se desmancha

no esquecimento do sono,

tornando abissal, o oceano

fronteriço de tuas propriedades,

enquato a lua clama por teu beijo apaixonado