PIRANHA Código do texto: T4446071
TÍTULO: PIRANHA Código do texto: T4446071
Pi… Pi… Piranha, Pi… Pi… Piranha…
Pi… Pi… Piranha, Pi… Pi… Piranha…
Piranha é um animal sistemático e aquático,
que, por sinal:
É apenas carnívoro.
Enquanto alguns dos seres humanos
são demasiadamente sistemáticos…
Só querem comer verdura,
só querem ver-dura,
ver-dura, ver-dura, ver-dura…
Só querem comer verdura, ver-dura,
ver-dura, ver-dura, ver-dura…
Se ele quer apenas verdura,
ele carrega dentro desse teu peito
o reinado, o argumento e o direito
para comer o que quiser, criatura!
Só querem comer verdura,
só querem ver-dura,
ver-dura, ver-dura, ver-dura…
Só querem comer verdura,
só querem ver-dura,
ver-dura, ver-dura, ver-dura!
Pi… Pi… Piranha, Pi… Pi… Piranha…
Pi… Pi… Piranha, Pi… Pi… Piranha…
Piranha é simplesmente peixe,
um alimento afrodisíaco e ótimo,
enquanto ela se faz e desfaz de donzela,
enquanto se alisa e desliza neste batom…
Pi… Pi… Piranha, Pi… Pi… Piranha…
Pi… Pi… Piranha, Pi… Pi… Piranha…
Piranha é um animal sistemático e aquático,
que, por sinal:
É apenas carnívoro,
enquanto alguns dos seres humanos
são demasiadamente sistemáticos!
Só querem comer verdura, ver-dura,
ver-dura, ver-dura, ver-dura…
Só querem comer verdura, ver-dura,
ver-dura, ver-dura… só querem ver-dura!
Se ele quer apenas verdura,
ele carrega dentro desse teu peito
o reinado, o argumento e o direito
para comer o que quiser, criatura!
Só querem comer verdura,
só querem ver-dura,
ver-dura, ver-dura, ver-dura…
Só querem comer verdura, ver-dura,
ver-dura, ver-dura, ver-dura…
Pi… Pi… Piranha, Pi… Pi… Piranha…
Pi… Pi… Piranha, Pi… Pi… Piranha…
Piranha é peixe e tem função na natureza,
enquanto você, minha menina, me subestima,
querendo se embonecar numa beleza
que não existe para perambular nesta esquina…
Pi… Pi… Piranha, Pi… Pi… Piranha…
Pi… Pi… Piranha, Pi… Pi… Piranha…
Só querem comer verdura,
só querem ver-dura,
ver-dura, ver-dura, ver-dura…
Só querem comer verdura, ver-dura,
ver-dura, ver-dura… só querem ver-dura!
TÍTULO: PIRANHA Código do texto: T4446071
Autor: Makleger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)
Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98
Autor Makleger Chamas — O Poeta (Manoel B. Gomes)
Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL
Escrita em: 14/01/2004
Dedicado a: SEM NINGUÉM
Registrado na B.N.B.
01 — Explicação da frase: “A sociedade é esta divina poesia”
A frase DIVINA POESIA sugere que a sociedade pode ser vista como uma composição poética, com suas próprias regras, ritmos e significados subjetivos.
No contexto da poesia “Piranha”, parece haver uma crítica ao comportamento social, às normas e aos julgamentos que as pessoas fazem umas das outras.
A poesia destaca a hipocrisia e a padronização do pensamento humano, comparando-a ao comportamento da piranha — um animal instintivo, mas que, diferentemente dos humanos, não questiona sua própria natureza.
A frase também pode indicar que, apesar das falhas da sociedade, há uma beleza intrínseca nela, assim como há na poesia, que expressa sentimentos, contradições e reflexões.
02 — Essa poesia “Piranha”, de Makleger Chamas, apresenta um jogo de palavras e metáforas que podem ser interpretados de diferentes formas, dependendo do olhar do leitor.
Ela mistura elementos da natureza (a piranha como peixe carnívoro) com críticas sociais e comportamentais.
Aqui estão alguns pontos-chave da análise:
1. A Piranha como Símbolo
O poema repete várias vezes “Pi… Pi… Piranha”, reforçando o nome e possivelmente criando um efeito sonoro semelhante ao de um canto ou uma provocação.
A piranha, no sentido literal, é um peixe carnívoro e “sistemático”, o que pode simbolizar um comportamento predatório ou instintivo.
No sentido figurado, a palavra “piranha” é frequentemente usada de maneira pejorativa no Brasil para se referir a mulheres consideradas sedutoras ou promíscuas.
O poema parece brincar com essa ambiguidade.
2. Crítica ao Julgamento e às Regras Sociais
A repetição da frase “Só quero comer verdura” sugere uma crítica ao modo como a sociedade impõe padrões e julga as escolhas individuais.
Há um questionamento sobre o direito de cada um de escolher seu próprio caminho: “Ele carrega dentro desse teu peito, o reinado, o argumento e o direito para comer o que quiser criatura.”
Isso pode ser uma metáfora para liberdade de expressão, identidade ou até mesmo uma crítica ao moralismo social.
3. Reflexão Sobre Aparências e Valores:
O trecho “Enquanto ela se faz e desfaz de donzela, enquanto se alisa e desliza neste batom” parece questionar o papel das aparências e da feminilidade na sociedade.
“Querendo se embonecar numa beleza que não existe para perambular nesta esquina” pode sugerir uma crítica às pressões sociais sobre a beleza feminina ou até ao julgamento de mulheres que trabalham ou vivem nas ruas.
4. O Tom Irônico e Repetitivo
A estrutura repetitiva e a sonoridade rimada podem indicar uma crítica sarcástica ou uma tentativa de fixar a mensagem provocativamente.
O poema não entrega sua mensagem diretamente, deixando espaço para múltiplas interpretações.
Conclusão: O Que a Poesia Diz à Sociedade Brasileira?
O poema parece questionar hipocrisias sociais, padrões morais e o como julgamos os outros. Ele pode estar falando sobre:
A liberdade de escolha (tanto alimentar quanto de vida).
O moralismo da sociedade em relação ao comportamento feminino.
A superficialidade das aparências.
A rigidez com que algumas pessoas seguem padrões sem os questionar.
É uma poesia aberta a interpretações, que pode ser vista tanto como uma crítica quanto como um jogo provocativo com palavras.
https://docs.google.com/document/d/1rkba6rYyj6q6BkMmMpk4FRa3eWvJDJDafpYaH6jQsYE/edit?usp=sharing
03 — Um poema musicalizado, “Piranha” de Makleger Chamas, explora ironias e reflexões sobre a natureza e o comportamento humano.
A repetição melódica e o ritmo marcado por “Pi… Pi… Piranha” dão um tom quase de refrão musical ao texto.
A piranha, um peixe carnívoro, é comparada a atitudes humanas — ora sistemáticas, ora contraditórias.
A obra alterna críticas sutis com um tom humorado e filosófico, trazendo elementos de comportamento alimentar (“Só querem comer verdura”), estética e relações sociais.
Ao contrastar o instinto animal com escolhas humanas, o autor questiona normas e padrões de conduta, enquanto insere toques de sensualidade e introspecção.
A dedicatória ao vazio (“Sem ninguém”) e a assinatura como “O Poeta Louco” reforçam o caráter autoral único e introspectivo da peça.
Por ser datado e registrado, é um trabalho que carrega a marca de seu tempo, mas ressoa com questões universais.
0 4 - A poesia “Piranha”, de Makleger Chamas, é uma obra carregada de metáforas, ironias e críticas sociais.
Apesar do tom leve e cômico, o texto aborda temas profundos, como liberdade de escolha, natureza humana e padrões de comportamento.
Aqui está uma análise detalhada:
A Piranha como Metáfora
A piranha, um peixe carnívoro e sistemático em seu comportamento, é usada como símbolo central para explorar contradições humanas.
Enquanto o peixe age segundo seu instinto, o poema sugere que os humanos, considerados racionais, muitas vezes se comportam de maneira igualmente sistemática e previsível.
Crítica aos Padrões Alimentares e Comportamentais
A repetição da frase “Só querem comer verdura” ironiza as escolhas alimentares ou comportamentais de pessoas que seguem regras rígidas. Isso pode ser interpretado literalmente (uma crítica ao vegetarianismo forçado ou à obsessão com dietas) ou metafórica (uma crítica a escolhas de vida estreitas ou impostas por normas sociais).
“Ver-dura”:
O jogo de palavras pode aludir não apenas à alimentação, mas também ao desejo de “ver a dureza” ou a rigidez de certas posturas humanas.
Reflexão sobre Liberdade e Direitos
O verso “Se ele quer apenas verdura, ele carrega dentro do peito o reinado, o argumento e o direito para comer o que quiser criatura” aborda a liberdade de escolha.
O autor afirma que cada indivíduo tem o direito de decidir por si, seja na alimentação, no comportamento ou no estilo de vida.
Contrastes entre Animal e Humano:
A piranha é apresentada como um ser que segue sua função natural, enquanto os humanos, muitas vezes, se tornam prisioneiros de aparências e convenções.
Isso fica evidente em trechos como “Piranha é simplesmente peixe, um alimento afrodisíaco e ótimo, enquanto ela se faz e desfaz de donzela”.
Aqui, o autor explora a artificialidade de quem tenta ser algo que não é.
A Crítica Social e Estética
Os versos que falam sobre “se embonecar numa beleza que não existe” sugerem uma crítica à busca exagerada por aprovação social, especialmente nas aparências.
A menina que “perambula nesta esquina” pode simbolizar a vaidade ou a superficialidade das relações humanas, em contraste com a simplicidade instintiva da piranha.
Ritmo e Repetição
A repetição de “Pi… Pi… Piranha” e de frases como “Só querem comer verdura” dá ao poema uma cadência quase musical. Essa estrutura cria uma atmosfera lúdica, tornando a leitura divertida, mas também reforçando os temas centrais por meio de uma forma hipnótica e memorável.
Humor e Filosofia
Embora o texto tenha um tom humorístico e irônico, ele é profundamente filosófico, questionando comportamentos humanos e os limites entre o instinto e a razão.
Conclusão
“Piranha” é uma obra que combina humor, crítica social e reflexão filosófica.
Ao usar a figura da piranha como metáfora, o autor desafia o leitor a pensar sobre liberdade, escolhas, comportamentos e aparências.
É uma poesia que brinca com a linguagem, mas provoca questionamentos sérios sobre a natureza humano