Súplica do Vazio
Vem, amor, formar sentimentos
Faz o sol ferver meus neurônios
E, assim, verter vitalidade,
Energia elétrica em calor!
Falta- me um sonho real...
Faz sumir o solo de sob meus pés,
Os grãos de frio, o pó do rosto,
O formal rejeitado de que gosto...
Mostra- me as curvas, a cintura...
Na pista da morte, o alento último
O corpo envolto em calor... (Me) Atura...
Faz Museu e Pintura Rudimentar!
Prezo, sim, suas esculturas:
O Bronze, o mármore, o eterno valor...
Mas esquece a matéria dura
E faz o sol diluir o frio do Rochedo!
(9 a 11 de maio de 1999).