Sertão de meu Deus

A saudade aumenta de verdade

sempre que vem o cair da tarde

E nesta solidão quase natural

penso em voce e em tudo o que fiz de mal

E cada vez que penso em voce

Quando anoitece

Eu pego o meu violão

E canto esta canção

Que fiz (pensando) só pra voce.

É dificil viver assim

distante do seu coração

e a cada batida do meu

relembro todos os dias de muita emoção.

Sinto que algo morreu dentro de mim,

Depois daquele dia fatídico

E para o nosso amor nada restou

Tudo se quebrou

Nem mesmo os cacos sobraram,

O vento levou.

Tudo se quebrou ou se rasgou no vento.

Nada sobrou.

Hoje estou nas aragens que o tempo manda

Eu aqui neste sertão de meu Deus,

Paro um pouco para pensar

No quanto fui egoísta em não querer te amar.

A noite é testemunha da tristeza que sinto agora,

Penso em todas as razões que fizeram com que fostes embora

Nada é tão triste quanto a solidão do mato

O escuro e o silêncio da noite rasgam o peito

Degolam as possibilidades de um dia perfeito

Visto-me da roupa mais bela que possuo

Adentro-me na escuridão da mata

À procura do nada.

E nos momentos oníricos,

O que encontro são somente fantasmas do agora e delírios do futuro.

Tudo aquilo que fiz há um nanosegundo

Nem parece que mudou o mundo

E não mudará mesmo,

Mas, agora é tarde tudo já ficou no passado.

Já está consumado.

Adeus.. Adeus... Adeus...!!!

*obs. "Esta letra estava pronta desde 1979. Estava muito bem guarda em uns manuscritos. Só agora resolvi publicá-la. Nenhum significado emotivo ou qualquer outra conotação que não seja apenas musical e puramente fictício".

Ejedib
Enviado por Ejedib em 12/06/2013
Reeditado em 13/06/2013
Código do texto: T4338343
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