Balada do junto solitário.

Olha só,

a nossa ânsia de viver melhor.

Alma de corvo,

asas de curió

e feito fênix reviver do pó.

lado a lado

vivemos tão sós

Dois trens na linha

Desfazendo os nós.

Rezamos hoje pra existir o após;

Foi assim,

nosso início começou no fim.

Todos seus medos refletindo em mim.

A consequência de ser bom rapaz...

e o temor de sempre esperar mais,

deixar de lado o que o vento traz.

Aposentar os nossos alazões

Porto seguro de dois corações.

Seria eu o seu remédio?

Se a calmaria nos dá tédio.

Então seguimos adiante

e feito cavaleiro andante,

lutamos com nossos moinhos.

nos arranhamos em espinhos

pela beleza do buquê.

E na ternura de não pertencer

Nos amaremos para sempre.

Companheiros do ausente tão presente,

cumplicidade em ser sozinho.

Tauanzito
Enviado por Tauanzito em 11/06/2013
Reeditado em 15/02/2014
Código do texto: T4336378
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