TOME
Não adiante quebrar telefone,
Nem sair no braço na base do tome,
E tome e tome e tome e tome e tome e tome,
Que isso não mata a fome da canjica,
Nem põe ovo e filé no oco da marmita.
Não que as coisas funcionem,
Pra gente sair aí feito Stones,
Cantando Satisfaction pros homi,
Mas tome e tome e tome e tome e tome e tome,
Nem mata a fome da larica,
Nem adoça tua raiva, só te trás mais zica.
O vandalismo é doença do organismo social,
Um fomentador do caos que nos consome,
Por isso tome e tome e tome e tome e tome e tome,
Nem mata o clone da polícia,
Nem liga o carro sem gasosa com a chave micha.
Eu sei que falta grana, falta passe, falta bagana,
Falta pão toda semana, falta classe, chocolate,
Falta chana, falta o prêmio da gincana,
Falta sol mais escarlate, falta cana,
Falta chat, falta bhama e falta night todo final de semana,
Mas não é a base do tome que você fará a sua parte,
Pois tome e tome e tome e tome e tome e tome,
Nem mata a fome de justiça,
Nem fica bem pra homem ao dançar na fita.