TELHADOS DE VIDRO
Menino de rua, sozinho em meio à multidão.
Jogando olhares pidonhos, sufocam olhares medonhos.
Fazendo tremer a cidade confusa, indiscretamente hipócrita!
Trancafiada na sua indiscrição.
Golpes fatais, indignação!
Cidadão!
Ele só quer descansar na rua ao lado
Observar os palácios da cidade,
e seus telhados de vidro
Adormecer num papelão, acordar sorrindo
Com duas simples moedas.
Ser, ser, ser Cidadão!
Telhados de vidro, assistidos
Já não confundem menino
Golpes fatais, indignação!
Com duas moedas apenas
Entra um sorriso em cena
Sobre qualquer papelão
Cidadão! Cidadão!
(Branca Tirollo e Vuldembergue Farias)