TELHADOS DE VIDRO

Menino de rua, sozinho em meio à multidão.

Jogando olhares pidonhos, sufocam olhares medonhos.

Fazendo tremer a cidade confusa, indiscretamente hipócrita!

Trancafiada na sua indiscrição.

Golpes fatais, indignação!

Cidadão!

Ele só quer descansar na rua ao lado

Observar os palácios da cidade,

e seus telhados de vidro

Adormecer num papelão, acordar sorrindo

Com duas simples moedas.

Ser, ser, ser Cidadão!

Telhados de vidro, assistidos

Já não confundem menino

Golpes fatais, indignação!

Com duas moedas apenas

Entra um sorriso em cena

Sobre qualquer papelão

Cidadão! Cidadão!

(Branca Tirollo e Vuldembergue Farias)

limaodoce
Enviado por limaodoce em 19/05/2013
Código do texto: T4299031
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