Musa do Mar

Essa coisa toda que não se fala

Essa coisa toda que não se encaixa

Essa coisa toda que não se vê

Essa coisa toda que não se guarda

Esse segredo nada fiel

Que se quebra a cada nada ou tudo, meu

Essa coisa toda é você

Nesses seus trejeitos tão translocados

Nessa sua mania de não me ver

Me procuro sempre ao seu lado

Me procuro tanto em você

Que já não enxergo mais nada

Nada me interessa nesse mundo, cão

O seu corpo transparente, quase pleno

Vai vagueando no sereno, dentro dos meus lençóis

Num passear tão obcecadamente, só

Seus olhos castanhos sonhadores, revelam dores e amores,

Despudores, despudoradamente lindos

Obsceno objeto de desejo, sua vida traduzida em um beijo

Pura pintura da natureza, que beleza

Seu silêncio de armagura, é a voz da sua paz

Quando veste a armadura, sempre pura, sempre doce

Como se possível fosse se esconder num sorriso, bonito

Timidez que não existe, puro fetiche, excitando os corações

De norte a sul, da Grécia ao Peru,princesa bela

Monalisa que Da Vince não pintou e que Darwin nunca imaginou,

Existir na biologia desses versos, nem Freud explica o que se passa na sua cabeça

Quando vai por ai, sem saber, que é vista....

Mas conquista discretamente, mas acende a chama da gente

Com seu modo exigente, de ser gente, anda rente com o mar

Que adora o seu olhar, dialogando com as curvas ao te ver passar

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 15/05/2013
Código do texto: T4291229
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