(A)Mar(i)po(u)sa
Lagarta não foi borboleta.
Virou mariposa
E mesmo assim ela voa
E ainda assim ela pousa
no espelho da moto.
Posa, foto, e ouso rotar...
Em milhas rodadas,
amores, estradas,
pedrinha atirada no lago
do lado esquerdo de lá.
Café no balcão.
Bilhete apagado.
Sofá, namorado
na sala de estar...
Aqui, com você,
fazendo querer ficar...
Ficar, bem junto...
Colado, no amasso.
Beijo, desejo, aperto.
Flerto teus olhos.
Flecho o alvo.
Da alma que acalma,
fiquei por aqui.
Espero, quero menos.
Momentos e sonhos
Da alma que ama e pousa.
Não virou borboleta
Mas voou mariposa.
E pousou no ensejo
De amar do poeta.