Cinzeiro humano
O dia acabou e com ele os meus cigarros
A dor ficou e não tenho nem mais um trago
De uma bebida qualquer, que me anestesie
Eu só fico parado aqui, esperando aguém que me tire
Da inércia contradita, sem choro ou vela
Da minha sede e da minha miséria.
Ô seu moço, me arruma só um trago
Uma dose desse seu veneno
Pra que eu possa simular, por só mais 3 segundos
Com um futuro que não me atormente
E que eu tenha força, que eu tente
Ficar de pé até o fim desta noite dos moribundos.
O dia acabou e com ele os meus cigarros
A dor ficou e não tenho nem mais um trago.